Experimentar é uma arte. Ter o dom de desejar, apreciar, admirar e ir de encontro. Saber experimentar é amadurecimento. Não ir com “toda a sede ao pote”, saber olhar, com calma, refletir, discernir, dizer sim e dizer não. É esta nossa proposta, que vocês experimentem o sabor do sagrado e que vocês saboreiem com calma para que dêem o terceiro passo: dizerem de suas experiências dos sabores da fé, tantos e tantos que encontramos em nossas experiências de Igreja. Proponho a continuarmos juntos neste lindo processo de saborearmos e partilharmos nossa fé.
A fé é experimentar algo que ainda não vivenciamos por completo. É a espera de um dia alcançarmos, é como por um espelho, lembrando S. Paulo. Mas, apesar desta incompletude, somos convidados a partilhar desta espera, disto que nos parece tantas vezes incompreensível, inalcançável, pois é dom o esforço de dizer daquilo que ainda nos parece turvo. Que nossos textos continuem sendo sinais desta experiência, da nossa vontade de busca do sagrado, de busca do próprio Deus, por mais que nos pareça difícil alcançá-lo.
A fé vem completar nossa estrutura humana tão fragilizada pelas realidades duras que encontramos em nossos tempos. A fé tem “ficado de lado”, ao mesmo tempo em que muitas pessoas tentam recuperá-la. Os homens andam pelas ruas e já não sabem dizer do que experimentam, não sabem dizer da experiência de Deus ou não a identificam. Portanto, é desafio constante expressar nossa fé sem confundi-la com tantas novidades oferecidas pela pós-modernidade.
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